No mês da mulher decidimos compartilhar com vocês um assunto muito discutido, porém com opiniões distintas, onde é entender o papel da mulher na sociedade do consumo.
Como assim?
O que para as mulheres parece até antiquado dizer é...DIREITOS IGUAIS. Isso ainda não existe?
Mas, de que tipo de direitos, estão dizendo e querendo. Salários, cargos?
Igualdade, liberdade, autonomia e outras tantas lutas vem norteado a história das mulheres ao redor do mundo, que caminham cada vez mais para conquistar sua independência. Aquelas que antes eram caracterizadas por apenas atender às necessidades domiciliares, hoje encaram dupla, e muitas vezes, tripla jornada, sendo desafiadas a buscar equilíbrio entre as tarefas de casa, a atenção à família com o estudo e a carreia.
Sim querem reconhecimento!
Segundo informações fornecidas pela Nielsen, temos dados importantes a serem apresentados.
Apesar de grandes conquistas, elas ainda se deparam com barreiras em seu dia a dia nestes pilares. Por exemplo, no Brasil, 47% das empresas não têm mulheres na liderança, 5,6% do público feminino ocupam cargos na diretoria e apenas 4% das executivos mais importantes do país são mulheres*. Outra grande dificuldade é que, embora tenham uma jornada de trabalho quase igual a dos homens (57,1 vs. 51,9), a carga horária pode aumentar ainda mais com as atividades domiciliares, esse número é ainda mais distante entre homens e mulheres em lares com crianças (+33,8 vs.10,3)**.
Entretanto, mesmo diante desse cenário desigual entre os gêneros, de 2013 a 2014 as mulheres investiram mais que os homens em sua formação acadêmica (16,5% vs. 12,5%) e tiveram maior crescimento de salário (+7,5% vs. 6,8%), mesmo que ainda ganhem menos. Neste período, 40% do público feminino também comandou seus lares no país, o que inclui o monoparental, trazendo a maior parte da renda (+2,4pp mais que 2011)***.
Nos estudo global sobre a Confiança do Consumidor encontrou que as mulheres estão mais céticas e menos confiantes (74) com a economia do que os homens (79), sendo que a média geral, que engloba os dois sexos, foi de 76 pontos. Elas também acreditam que a perspectiva de trabalho não vai melhorar nos próximos 12 meses e que o momento não é dos melhores para gastar com coisas que desejam comprar.
E segundo a Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo, A mulher contemporânea, que antes era totalmente voltada para o ambiente doméstico, é, hoje, vista pela sociedade como indivíduo “multitarefas”. Ou seja, a mulher moderna, ao mesmo tempo em que exerce funções domiciliares, também pode se dedicar ao seu lazer, a suas conquistas profissionais, tarefas pessoais, maternidade e, ainda, gerenciar sua própria conta financeira.
Portanto, vivemos em uma era em que a emancipação da mulher se tornou um fator que, cada vez mais, contribui para as mudanças de hábito e comportamento da figura feminina na sociedade. Afinal, se encontra mais livre para fazer qualquer escolha, seja relacionada à vida social, política, econômica ou, até mesmo, de consumo.
Com o seu poder de escolha cada vez mais acentuado, a mulher contemporânea se torna o target de diversas marcas, pois ela é uma consumidora assídua de diversos produtos e serviços durante todas as fases de sua vida. Por exemplo, a mãe, com seu poder de decisão, pode influenciar no destino da viagem de férias de sua família, assim como ela pode escolher qual o alimento que o seu filho irá consumir, em qual escola ele deverá ingressar, qual o carro ela irá comprar, ou qual a casa, ou o apartamento, atende a sua necessidade física, financeira e, até, familiar. Enfim, a mulher contemporânea demonstra forte participação no ambiente mercadológico.
O que querem?
Igualdade sim? Porém igualdade em tudo, não querem somente os mesmos direitos dos homens no mercado de trabalho, querem a autonomia do Homem também dentro de casa, onde ele participe ativamente da criação dos filhos, na arrumação da casa. Iguais jamais serão, são comportamentos distintos, objetivos e opiniões diferentes.
A palavra é o RECONHECIMENTO, pois sucesso não esta atrelado somente no profissional de mercado, o sucesso está também no papel de mãe, dona de casa e no que ela desejar ser. Hoje se destaca no mercado de consumo pela autonomia da decisão no papel de compra, quem decide o que comprar, onde comprar. Esse comportamento o profissional de marketing deve entender, e oferecer marcas/produtos e serviços que atendam aos seus anseios, em um mundo cada vez mais competitivo.
Data de criação: 15/03/2018